Capítulo 3
Jamais imaginei viver uma história tão triste, mas no dia seguinte recebi uma visita, era Mateus. Quando nos olhamos nossos olhos se encheram de lágrimas, algo me corroia por dentro, minha vontade era de correr e abraçá-lo, esperei pra ouvir o que ele tinha a dizer, entramos e nos sentamos, logo estávamos rindo e falando de causos engraçados nem parecia que a menos de vinte e quatro horas eu tinha levado o pior fora da minha história.
Fui convidado por Mateus a sair e beber alguma coisa. Fomos parar num bar perto da sua casa, e lá nossos olhares novamente se encontravam e coravam de desejo. Eu adorava ouvir Mateus falar, nos encontrávamos em nossos gostos mais particulares. Maria Betânia, Maria Rita e outros cantores pareciam que fariam a trilha sonora de algo muito bom que estaria por vir.
Ficamos sem assunto e quando isto acontece ou você beija ou vai pra casa frustrado, no meu caso, fui pra casa frustrado. Mas antes de ir marcamos de nos ver no dia seguinte.
Daí preparei-me para uma noite que pensei ser inevitável. Eu já amava Mateus e nada mais justo que a ele eu me entregasse. Não que eu fosse virgem, mas é que sexo pra mim nunca foi tão importante e nunca fiquei por ficar, nunca transei por transar. Então, julguei que Mateus seria o homem ideal.
Tínhamos marcado as 19, e quando cheguei não o vi, esperei meia hora e nada, uma hora e nada, resolvi ir à boate. Eu não costumava estar em boates gays, mas tinha alguns amigos que sempre iam e adoravam. Já sem expectativa quanto ao Mateus, resolvi dar atenção a um “carinha” que me pareceu interessante e pedia pra falar comigo. Começamos a conversar e logo estávamos aos beijos. Não dava pra conversar dentro da boate, resolvemos sair. Quando saímos e estávamos conversando, uma pessoa se aproxima de nós, era Mateus e não estava sozinho.
Meu coração estava prestes a ser torturado, não falamos nada de inicio, nos olhávamos e era como se a minha decepção se refletisse nele num sentimento de arrependimento e remorso por ter esquecido e estar com outro.
O que mais me abalou é que tudo o que parecia ser verdade no que diz respeito a religiosidade de Mateus era uma grande mentira. Ele poderia até acreditar que Deus o desprezava por ser Gay, mas já estava vivendo a sexualidade dele a muito tempo.
Descobrir tudo isto me fez chorar no meio da rua. Mateus inventou uma desculpa dizendo que nunca mais transaria com homens, teria sido uma promessa e por este motivo não teria ido ao nosso encontro. Mas estava na cara que ele havia transado a pouco tempo. naquele momento me despedi de todos e fui pra casa, frustrado mais uma vez.
poxa, adorei a parte 3, espero a parte 4, te amo amigo.
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